sexta-feira, 23 de maio de 2008

Pobres pagam mais impostos

Um aspecto até então ausente das análises do problema do Brasil veio à tona esta semana por meio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O Ipea demonstrou que 10% dos brasileiros mais pobres paga mais imposto do que a dos 10% mais ricos.
Baseado naquilo que se ganha e se gasta, o estudo em questão revela que os pobres pagam, proporcionalmente, até três vezes mais impostos do que os ricos e remediados.
É uma lastima. No caso do IPTU As mansões pagam menos imposto do que os casebres, sem que estas últimas disponham de serviços públicos como água, esgoto ou coleta de lixo regular e eficaz. A briga em torno da Reforma Tributária bem que andava precisando de tão valioso e oportuno estudo.
O Ipea propõe que se veja aquilo que fica retido pelos credores do Estado, como pagamento dos juros da dívida pública, dinheiro que não há governabilidade sobre esses dois terços do que é arrecadado no País e, assim, sai a expressão "Estado falido".
Afinal, sobra quanto para os serviços de saúde, educação, desenvolvimento científico, segurança e infra-estrutura? Levantada pelo presidente do Ipea, a questão é parcialmente respondida pela má qualidade dos serviços públicos prestados às populações sempre necessitadas e entregues à própria sorte, em todos os estados deste Brasil imenso. A outra parte de tão vergonhosa história tem explicação no roubo generalizada, prática que coloca o Brasil no topo da lista dos paises corruptos do mundo.
É dito, freqüentemente, que o grupo de 10% dos brasileiros mais ricos desfruta de 80% das riquezas nacionais. E isso coloca o país na disputa do campeonato da injustiça social. O que o Ipea fez, em muito bom tempo, foi mostrar que o problema tem seu desdobramento trágico na coleta de impostos. A partir de agora, não dá mais para conduzir o projeto da Reforma Tributária sem o urgente tratamento de tão grandes males. Nem sem a percepção de que a dívida pública interna, hoje acima de R$ 1 trilhão, tem como credores não mais que 60 mil famílias. (Texto do jornalista Luiz José dos Santos)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Um desperdício de R$ 20 milhões

O jornalista Luiz José dos Santos escreveu:
Arregimenta-se insistentemente força de resistência da cidade do Crato para que a curso de ciências agrárias da UFC – Universidade Federal do Ceará seja instalado e alojado no complexo da Escola Agrotécnica Federal do Crato, sonho, acalentado por quase 50 anos, de todo o povo da região, para que um dia aquela escola se tornasse uma faculdade.
Mas forças políticas "ocultas" contrárias persistem em que deva ser construída uma sede própria para o curso da UFC que ora se instala no Cariri.
No Brasil de Lula existem dessas incoerências. Construir uma coisa que já existe para beneficiar construtoras e políticos, locupletando amigos vorazes no dinheiro público, que fazem parte da enganosa panela governamental. Isso é um absurdo, mas obsurdos foram feitos para acontecerem em governos despropositados como o do senhor Luiz Inácio Lula da Silva.
Em reportagem anterior esta Gazeta de Notícias disse do fabuloso complexo educacional técnico da Escola Agrotécnica Federal do Crato, inclusive mandando cópia da matéria para mais de 200 E-mails, desde o presidente Lula aos demais setores competentes dos governos federal e estadual. A única resposta nos veio do então reitor da UFC-CE Ícaro de Sousa Moreira, através de sua ouvidoria, nos dizendo ter sido o nosso material jornalístico o documento mais incisivo e contundente, entre tantos que ali chegavam.
Alguém, sério e responsável, no âmbito do Governo Federal, precisa rever esse absurdo e evitar o desperdício de R$ 20 milhões.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Cuidem da Natureza


Suzamelia disse:
Pessoas lavam calçadas, lavam ruas, esquecem do tempo, abusam de horas de torneira aberta, contaminam nossos rios, nossas fontes... e nosso bem tão precioso, escorre e se perde, se despede de nós... nos avisam nos tempos de colégio, “CUIDEM DA NATUREZA” e nós, novamente e de novo, brincamos com tudo e com todos, irreais, insensíveis, desumanos...
A mãe responde, invade nossa orla, sacode nossas cidades... ou será que somos nós que desviamos, impedimos, proibimos todas as possibilidades de nossa existência?
Crato 20 mai 2008

terça-feira, 20 de maio de 2008


Referescante fonte no centro da praça Padre Cícero em Juazeiro do Norte.

Sé Catedral do Crato, no mesmo local, as margens do rio Grangeiro, os índios Cariris colocaram, num nincho, sobre pedras a imagem de Nossa Senhora a Mãe do Belo Amor, doada pelo capuchinho italiano Frei Carlos Maria de Ferrara que foi o fundador do Crato. (Foto de Luiz José dos Santos)

Velho solar recuperado em Barbalha para ser sede do gabinete do prefeito municipal (foto de Luiz José dos Santos)

FLAGRANTE: Para chegar ao "Pau da Bandeira" ou pau de Santo Antonio, tem subidas escorregadias e tudo pode acontecer.

Flagrante no "Pau da Bandeira" pau de Santo Antonio - Barbalha Ceará

Fim das águas no Cariri

O transito mata

Milton de Alencar, disse:
O transito mata. Isso é obvio, e já passou a ser inserido na cultura do povo brasileiro. As cidades de Juazeiro, Crato e Barbalha têm suas estatísticas alarmantes em acidentes e transito e são incontáveis os óbitos, lesões corporais de natureza grave e os desastres de natureza simples apenas com danos materiais, principalmente com prejuízos para o patrimônio público. Tudo isso deve-se a imprudência dos guiadores que conduzem seus veículos sob efeitos de álcool e/ou drogas, imprimindo velocidades incompatíveis com o trecho desrespeitando ao normas do transito. Também lhes faltam à educação de transito, exibem condutas impróprias e acintosas somadas a outras anomalias psicológicas.
Noutro lado desse desrespeito ao trânsito estão pais e amigos que creditam aos seus filhos, parentes e amigos, deles até menores de idade ou adultos sem habilitação, as chaves de seus veículos para serem dirigidos por inabilitados ou aprendizes incompetentes, como se esse ato não representasse nenhum perigo ou risco de vida.
Já é cultura os acidentes de trânsito não serem levados mais a sério, e sempre tendo como símbolo a impunidade, que leva a gente assiste corriqueiramente guiadores com latinhas de cerveja ou copo nas mãos fazendo poses teatrais, dançando, em praças e calçadas por conta, ainda de outra contravenção, de sons ensurdecedores.
Compreende-se tudo isso como um frontal desrespeito as leis de trânsito e uma violenta deseducação social. Essa deseducação é mostrada com a exibição de copos ou latinhas de cerveja como se fossem troféus de campeões.
Um dos exemplos patentes desse descalabro foi um acidente na Avenida Padre Cícero, no bairro São Miguel no Crato, em frente ao SESI, onde Sérgio Ricardo Solano Feitosa, que diria uma moto, foi vítima fatal, sendo lançado à distância por uma caminhonete S-10 que estava sendo guiada por um rapaz sem habilitação e desenvolvendo velocidade excessiva.
Acidentes acontecem, mas é preciso se precaver das fatalidades ou imprudências. São inúmeros os fatores que provocam os acidentes, alguns que já citei e também as vias esburacadas, falta de sinalização adequada, má conservação dos veículos por falta de manutenção e principalmente a atenção do guiador. São inúmeros os fatores que levam aos acidentes, fatores que só podem acabar, se houver a educação no trânsito e o bom comportamento dos guiadores. Na verdade ninguém atenta para a velha advertência “o transito mata e a vítima pode ser você”.
Nossa esperança é que num futuro, não tão distante, as crianças de hoje sejam educadas para respeitarem as normas do trânsito, saber que o ser humano é muito mais importante do que o veículo e a arrogância de seus guiadores.
Teto de Milton de Alencar é agente perito criminal Polícia Civil Juazeiro do Norte 20 mai 2oo8

Lições do caso Isabella e outros|

Há muito de tristeza no caso da menina Isabella Nardoni. Há a tristeza pura e simples de ver uma criança no início de sua vida ser brutalmente assassinada, jogada janela abaixo. Quanta brutalidade, que insensibilidade! Escandaliza-nos ainda mais o fato de ser uma criança que, como tal, necessita de proteção e carinho dos adultos.
Há, no entanto, dois outros aspectos que muito me têm decepcionado e entristecido em toda esta história. Primeiramente o papel de certa mídia. Ansiosa por notícias, pelo espetacular, que não hesita em instrumentalizar a dor e a miséria dos outros. Tenho visto às vezes o programa do apresentador José Luiz Datena. É tremendo, é hipócrita, é imoral! Fala-se em Isabella em tons dramáticos destemperados e, tome comercial: compre um toca-discos; mostra-se indignação e julga-se todo mundo e, tome mais comercial: compre este celular que dança, assobia, e fotografa a via-láctea... O importante não é a verdade serena, transparente, sóbria; o que interessa não é refletir com calma sobre o acontecido para tentar melhor compreender o ser humano. Nada disso! É o “espetaculoso”, o grotesco, o que dá audiência, nem que para isso se pise a dignidade das pessoas e se passe por cima de sentimentos e dramas.
Depois, houve a triste cena da prisão do pai e da madrasta da menina: as pessoas na rua pulando de alegria. Quanta pobreza humana, quanta superficialidade, quanta incapacidade de compreender! Ainda que aqueles dois sejam culpados, não deveríamos nos alegrar com a miséria de ninguém! Somos tão diferentes, mas também somos tão iguais: vindos da mesma fábrica, feitos da mesma matéria, feridos das mesmas feridas!
Certo, que o mal deve ser combatido; certo, que culpados devem ser punidos. Mas, em cada culpado está um pouquinho de cada um de nós, em cada maldade aparece um pouco do mal que corrói nosso coração. Em certo sentido eu sou uma partezinha dos culpados e os culpados são uma partezinha de mim. Quando descobrimos isso, tornamo-nos mais humildes, menos hipócritas e mais cuidadosos em observar e combater o mal que ronda nosso coração.
Pelo pai e a madrasta de Isabella, pelos deputados da Taturana, pelos que matam e pelos que morrem, pelos que fazem da notícia uma hipocrisia, pelos que se aproveitam da dor dos outros para comemorar, pelos que olhando as feridas alheias se esquecem das suas, por mim, membro dessa humanidade tão bela e tão feia, eu peço, com humildade e tristeza: Senhor, tende piedade de nós!
CÔNEGO HENRIQUE SOARES * É sacerdote e professor de Teologia em Maceiá AL

FATOS & BOATOS

Cariri bem mais pobre
É isso, a região do Cariri é hoje uma das regiões mais pobres, politicamente falando. Sua representação no cenário administrativo do estado é uma lástima. Os deputados são nulidades ausentes e inexpressivas, tanto no panorama estadual como federal. Esse empobrecimento é fruto de uma falta de politização do povo eleitor. É crescente e está virando cultura o “votar em gente de fora”, isso porque os políticos locais não têm cumprido seus papeis. Quem já viu Manoel Salviano, Arnon Bezerra, Vasques Landin na imprensa defendendo uma causa ou obra social? Vivem das tais emendas e verbas parlamentares que ninguém sabe quantas são, para aonde vão e quais suas comissões nas maracutais.
Reverter esse quadro é impossível, visto que eles próprios não fazem nada nesse sentido.

As potencialidades
O Cariri tem 32 municípios e cerca de 600 mil eleitores que direcionados homogeneamente para um sentido único, elegeria no mínimo, 10 deputados estaduais e 6 deputados federais. Só que as lideranças, vereadores e prefeitos não pensam assim, cada um quer trilhar caminhos opostos. Porque os deputados Salviano e Arnon trabalham para ter votos pingados em todo o Estado, mas não investem na educação eleitoral do povo do Cariri.

A Polícia deve ler a história
A polícia do Ceará, terra onde vivemos, precisa ler a história do Brasil e se deter na página Rio de Janeiro nos anos 1960, período em que o jornalista Carlos Lacerda foi governador. Ele acabou com a bandidagem no Rio, e não foi, acabou mais ou menos, acabou mesmo.

Remanescentes
Ainda existem grupinhos de bairristas Crato-Juazeiro. Que são cegos e não querem ver que hoje as três cidades do triângulo Crajubar é um conurbado, igual as regiões metropolitanas das capitais. As três comunidades se completam, cada uma com suas características próprias trocando cultura e se misturando em suas atividades políticas e economias.

O valor da imprensa
Se a imprensa falar bem, não tem valor. Mas se falar mal e destruir reputações é um “deus nos acuda”. Mas nem todos os profissionais sabem desse conceito e por não saberem põem-se a mendigar merrecas de quem deveria saber o valor e a importância da palavra falada ou escrita.

Êxodo rural
Virou chavão, uma palavra usada, mas muita gente não atenta para seu significado. Por isso fazemos questão de explicar. Êxodo rural significada: a falta de alimentos, arroz, milho, feijão, carne, verduras, legumes e o leite das crianças. Pode não faltar imediatamente, mas terão seus preços fora do alcance do homem comum. Os primeiros alarmes estão aí com o exorbitante preço do arroz.

Despoluição
Aqui acolá ressurgem conversas e esperanças da despoluição do Rio Salgado, a partir da cidade do Crato até Aurora. Expectativa que já virou sonho impossível. Quem iria fazer isso? E por que? O Cariri não tem força política nem para conseguir as prioridades, vai ter para tratar as águas de um rio sem maiores interesses. Os deputados agregados, Salviano, Arnon e Vasques, ditos do Cariri, não têm força nem poder para nada. As poucas benesses que chegam ao Cariri ou vêm de Deus, como as chuvas ou trazidas por outros deputados, a exemplo ressente do deputado Guimarães na edificação da Faculdade de Ciências Agrárias.

Absurdos acontecem

Arregimenta-se insistentemente força de resistência da cidade do Crato para que a curso de ciências agrárias da UFC – Universidade Federal do Ceará seja instalado e alojado no complexo da Escola Agrotécnica Federal do Crato, sonho, acalentado por quase 50 anos, de todo o povo da região, para que um dia aquela escola se tornasse uma faculdade.
Mas forças políticas “ocultas” contrárias persistem em que deva ser construída uma sede própria para o curso da UFC que ora se instala no Cariri.
No Brasil de Lula existem dessas incoerências. Construir uma coisa que já existe para beneficiar construtoras e políticos, locupletando amigos vorazes no dinheiro público que fazem parte da enganosa panela governamental. Isso é um absurdo, mas obsurdos foram feitos para acontecerem em governos despropositados como o do senhor Luiz Inácio Lula da Silva.
Em reportagem anterior esta Gazeta de Notícias disse do fabuloso complexo da Escola Agrotécnica Federal do Crato, inclusive mandando cópia da matéria para mais de 200 E-mails, desde o presidente Lula aos demais setores competentes dos governos federal e estadual. A única resposta nos veio do então reitor da UFC-CE Ícaro de Sousa Moreira, através de sua ouvidoria, nos dizendo ter sido o nosso material jornalístico o documento mais incisivo e contundente, entre tantos que ali chegavam.
Alguém, sério e responsável, no âmbito do Governo Federal, precisa rever esse absurdo e evitar o desperdício de R$ 20 milhões.