quinta-feira, 27 de dezembro de 2007


O Sesi do Crato foi, nos anos 1970 e 1980, o centro de convenções e o clube do povo. Seu auditório climatizado é confortável e bem amplo.

Cadê o biodiesel

Para se ter uma idéia exata: Biocombustivel não é óleo vegetal misturado com o combustível mineral diesel, como é propalado pelo governo. Biocombustível é combustível de origem vegetal, como o álcool, entre outros.
Mas seja lá o que for, cadê o vamos-que-vamos, para o desenvolvimento da cana-de-açúcar? Cadê o estímulo ao plantio da mamona e as demais culturas oleaginosas? Por isso é por muita mais não dá para acreditar nos arranca-rabos do governo. Pelo contrário, as terras, antes plantadas com a cana-de-açúcar estão sendo abandonadas e estado de devolutas.
Vivi nos tempos do Brasil vegetal, quando eram valorizadas as sementes oleaginosas como: a oiticica, a mamona ou a carrapateira, amendoim, girassol, gergelim, linho - que era extraída o óleo de linhaça -, tinha até uma empresa especializada na extraçãode óleo, chamada Brasil Oiticica, enfim, tantas plantas que muito bem poderiam ser englobadas nesse processo para produzir o manifestado óleo vegetal.
As coisas neste país deviam ser levadas mais a sério. E não ficar na de que, palavras são palavras, nada mais que palavras, e ficar o dito, pelo não dito.
A produção do álcool é a saída, isso é óbvio e latente, mas como a preferência do governo é pelo blá-blá-blá, a coisa fica parada e em estado de espera ou como se diz hoje, em stand-by. ( Editor Luiz José dos Santos

Trem atrasado

O trem do Cariri começa atrasando. O presidente do Metrofor, Rômulo dos Santos, anunciou quem no máximo em dezembro o “trem do Cariri” estaria nos trilhos em fase experimental. E muita gente acreditou, ou pelos menos os incautos acreditaram.
As obras, que se arrastam, vão engolir R$ 20 milhões do dinheiro público, enquanto o Cariri padece e reclama com a falta de um sistema de saúde eficiente que venha suprir o mínimo das necessidades básicas na prevenção e tratamento das doenças habituais.
O “Trem do Cariri”, como já reportamos, se for para atender Crato e Juazeiro, no vai-e-vem diário é um grande desperdício. Tal qual a conquista do inútil, como uma chegada ao topo do monte Everest, não serve para nada. Mas se o percurso for estendido até Iguatu, ai sim, a serventia será evidenciada.
O traçado apresentado pelo técnico Rômulo dos Santos mostra que o trem tem paradas distantes uma da outra e em Juazeiro o fim da linha fica longe do centro da cidade.
No entanto o idéia fixa, de que tem que ser assim, vai perdurar até que o governador Cid Gomes veja na prática que é inviável esse trajeto e que seu trem, tido como modelo para o Brasil, tem que ir até Iguatu sob pena de trafegar sem passageiros.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Terra do Padre Cícero


Centro da praça Padre Cícero com sua fonte de água - Juazeiro do Norte

sábado, 22 de dezembro de 2007

Gripe dana

Estou com uma gripe danada já faz mais de 15 dias. Não perdi o nariz porque ele é grande e bem fixado. Tem horas que eu penso que está saindo o cérebro. O que se pode esperar da cura de doenças graves quando não se resolveu ainda o problema da gripe?
Para muita gente a vacina resolve, mas também tem um percentual significativo que foi vacinado e continua gripado. No meu caso acho que a vacina inoculou em mim todos os tipos de vírus e viroses. Nessas horas, eu fico imaginando o passado que tinha doenças piores. Grupe, catapora, varíola, sarampo, coqueluche e tantas outras que quando não matava deixava seqüelas, no mínimo manchas na pele. As casas eram modestas, mas tinham uma grande vantagem: em volta do fogão, toda a família ficava reunida curtindo o calor dos velhos fogões de lenha que aqueciam o ambiente, corpo, corações e mentes. Ele foi, literalmente, substituído pelas roupas e os agasalhos que não existiam. Ali também eram servidos os chás e mesinhas para curar os defluxos que abatiam qualquer um.
Lenha de madeira de lei como aroeira, angico e sabiá, chegou a ser usado em determinado tempo para aquecer e também usada como combustível para as locomotivas marias-fumaças, que tinham extremas dificuldades de vencer as íngremes ladeiras da via férrea. Nos terreiros das casas havia montes da melhor lenha de boa combustão que chegava a avermelhar a chapa dos fogões.
Quando crianças, no meu tempo, tinham acessos de tosse de perder a respiração, e os pais, acudiam desesperadamente levantando e sacudiam seus filhos para cima a busca de um pouco de ar. As crianças ficavam roxas e quase que asfixiadas. Passado o acesso voltava-mos à tonalidade normal. Mas a felicidade durava pouca. Principalmente à noite, os sintomas voltavam com força redobrada e era triste, muito triste, ver as mães fazendo chás e acudindo os filhos nessa longa doença que parecia que nunca tinha fim.
Recomendavam dieta com leite de jumenta para a coqueluche. Não havia antibióticos, e tudo se resumia a muita reza, solicitação de graças aos santos e santas.
O chá com mel, agrião e malva do reino estava presente em todas nas casas. Poucas eram as alternativas para combater as doenças. Quando vejo essa mudança radical, com farmácias em tudo o que é rua e esquina, mas mesmo assim a gripe e os resfriados nos desmoralizam. Revejo o passado e fico pensando como é que conseguimos sobreviver com todas essas dificuldades e carências? E tem gente que se queixa ainda. (Luiz José)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Lembranças

Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial ( e acabei perdendo)
Já gritei e pulei de tanta felicidade
Já vivi de amor e fiz muitas juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"
Já abracei pra proteger, Já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei. (Açarg)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O maior avião do mundo

Foto da Agencia O Estado
O Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo, tocou o solo brasileiro às 11h32 desta manhã, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), onde permanece em exposição e aberto a visitação de alguns convidados. O A380 está surpreendendo as pessoas que o observam da parte superior do aeroporto, com seus 24 metros de altura, com 79 metros de envergadura - distância entre as pontas das asas - e 72,77 metros de comprimento e pode transportar em seus dois andares até 850.
O avião deverá permanecer em São Paulo até amanhã à tarde. Algumas pessoas que viram o A380 mostraram-se admiradas com o progresso da aviação, ao chegar à produção de um aparelho do tamanho deste produzido pela Airbus, com turbinas Rolls-Royce. Quem visita o interior da aeronave fica admirado com as cabines individuais para passageiros da primeira classe e com o espaço interno, com computadores pessoais e outras comodidades.


O Airbus A380, desenvolvido e construído pela Airbus S.A.S. (EADS Systems), é o maior avião comercial de passageiros da história. O avião, chamado frequentemente de Superjumbo, fez seu primeiro vôo experimental em 27 de Abril de 2005 em Toulouse, França. O A380 consumiu mais de dez anos e cerca de 12 bilhões de euros (R$ 35,1 bilhões) para ser desenvolvido.
O avião gigante, que fez o seu vôo inaugural no final de Abril, foi a estrela da Paris Air Show, feira no campo aéreo de Le Bourget, nos arredores de
Paris (França).

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pena de Morte



CONTO

Tudo preparado para a execução do pobre condenado...
Morte por enforcamento. Patíbulo devidamente decorado. Cordas “no jeito”, laço já no contorno do pescoço do infeliz cristão.
A praça repleta de gente. De gente curiosa. Buliçosa. Nervosa. Platéia enorme, mas caladíssima. No ar, uma pesada sensação de tragédia. De morte! Postado ao lado do desditoso réu, o carrasco. Hirto. Ereto, como que pregado ao chão. Estático. Ali, tal qual estátua viva. Silente. Sombrio. Tenebroso autômato escondido por detrás de uma tenebrosa máscara negra!
Eis que se aproxima, enfim, o momento angustioso e crucial do cumprimento da pena.
Os sons cortantes da corneta abalam terrivelmente os nervos da massa ignara. Rufam os tambores!... A platéia agora solta um grande e abafado gemido. Uma ruidosa interjeição de espanto, um combinado de apreensão e pavor. Uma avalanche de vozes imprecisas e em surdina.
Rufam novamente os tambores! O réu se estremece!
Tensão. A platéia se mexe, se agita mais e mais. Murmura bastante. Em meio à aglomeração, o burburinho se intensifica. O riso e o choro se misturam. Há os que batem palmas e gritam impropérios. Só poucos permanecem como se indiferentes. Alguns se benzem. Outros rogam pragas. Muitos rezam, contritos..
De retorno, chega o capelão... Traz um enorme crucifixo de metal dourado, que - seguro por ambas as mãos - exibe ao povo, girando-o 180 graus, repetidamente, direcionando-o com lentidão para facilitar a visão de todos em cada canto da praça.
O religioso chegou sisudo, sombrio. No cadafalso, dirige-se mais uma vez ao sentenciado (pois já lhe ouvira, há pouco, o pedido do último desejo). Veio trazendo a resposta à última súplica condenado. Agora o padre está de volta para, enfim, comunicar-lhe a notícia. E, sem cerimônia, o religioso não se faz de rogado: vai logo, de chofre, dizendo ao desgraçado réu:
- Meu filho, conforte-se!... Infelizmente não foi possível atender a sua súplica derradeira, o seu último desejo. O seu pedido de atendimento da sua última vontade... foi negado pelo tribunal... Assim, meu irmão, profundamente pesaroso, comunico-lhe que não será viável enforcar, no seu lugar, o seu advogado de defesa...
E foi aí que o capelão piscou o olho pro Máscara Negra... (Escreveu Manoel Patrício de Aquino)