Por que?
A Escola Agrotécnica Federal do Crato funciona há mais de 50 anos no sítio Almécegas ao sopé da Serra do Araripe, em 180 hectares de terras férteis, água perene e clima excelente para as práticas agrícolas e hortifrutigranjeira. Sempre foi esperança de que um dia, em suas instalações viesse a funcionar uma faculdade de agronomia, numa espécie de promoção natural.
Nesse meio século o Colégio Agrícola, como sempre foi chamado, foi aos poucos ganhando estrutura, equipamentos e instituindo em seu currículo, tecnologia de ponta, tornando-se uma escola moderníssima. Estando hoje com sua estrutura física em igualdade, ou ainda melhor do que muitas das boas faculdades da área do país.
Com o advento de um campus da UFC - Universidade Federal do Ceará para a região do Cariri, seria obvio e lógico que um curso de agronomia viesse funcionar da Escola Agrotécnica de Crato, tanto pela favorável localização como pelo seu avançado complexo em equipamentos agrários.
A reitoria e vários cursos vêm funcionando em Juazeiro do Norte, a exceção da Faculdade de Medicina que há vários anos está instalada na cidade de Barbalha, e o curso de Ciências Agrárias que, precariamente e sem razões que se possa explicar, funciona em uma sala de aula simples da Urca – Universidade Regional do Cariri, a contragosto da comunidade acadêmica e do povo da região, que por todo o ano de 2007 tem cobrado justificativas da reitoria da UFC em Fortaleza, que até então não legitimou a causa da incoerência. A pergunta paira no ar: “Por que o curso de agronomia da UFC/Cariri não funciona na Escola Agrotécnica Federal do Crato, sendo a duas instituições entes do mesmo Governo federal?”
Por último, em polvorosa, acadêmicos, instituições, clubes de serviço e a Prefeitura Municipal do Crato estão assistindo o Curso de Ciências Agrárias, neste 2008 continuar a funcionar em singelas salas de aula na cidade, subestimando e deixando para trás toda uma estrutura com salas de aula próprias, datas-show, bibliotecas, laboratório, ilha de informática, máquinas e equipamentos, campos agrícolas, aviários, pocilga, estábulo, fontes de água, transporte em ônibus, alojamentos, refeitórios, auditórios, áreas de recreação com todo tipo de equipamentos e quadras para práticas esportivas e o ambiente agrícola natural nas proximidades da Floresta do Araripe.
Por estes dias, sucedem-se reuniões em todos os níveis acadêmicos e sociais da região com objetivos de encontrar os caminhos e meios para fazer chegar aos dirigentes da Universidade Federal do Ceará e aos ministros da Educação e da Agricultura a incoerência ou mesmo descabidos propósitos políticos para alterar a ordem das coisas e malsinar o Curso de Ciências Agrárias da UFC/CARIRI.
(Texto de matéria a ser divulgada no jornal Gazeta de Notícias)
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
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