Antes o mundo era como o paraíso. Todos os fatos aconteciam como aos animais. Nada era pecado, não havia censura, ninguém se importava com as farras e as transas eram normais e sem maldades.
Aurélio Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, depois de Cristo, em Tagasta cidade de Numidia. Seu pai Patrício era pagão e sua mãe Mônica uma devota e muito religiosa. Os primeiros sentimentos de prazer de Agostinho foram nos seios de sua própria mãe, enquanto sugava o leite. Um prazer carnal, depravado e pecaminoso. Mônica uma mulher religiosa ao extremo via pecado em tudo, até mesmo no namoro dos pássaros. Em sua cabeça a humanidade era uma multidão de depravados e pervertidos. Seu marido Patrício, então, era um safado insaciável, ateu e pagão, que bêbado, aproveitava-se de que ela dormia sem calça, naquela época ainda não tinham inventado a calcinha, para fazer sexo com o instrumento do diabo que tinha entre as pernas.
Se pudesse Mônica converteria todo o resto da humanidade, que, ao seu ver, só pensava em sexo.
Seu filho Agostinho, que era um pervertido ainda bebê, também não se salvaria. Algum tempo depois, já crescido, fica sabendo que com a mãe não vale. E resolve dedicar-se a todas as mulheres, inclusive a mãe dos outros.
Agostinho dedica-se ao esporte de pular a cerca dos vizinhos para roubar beijos e brincar de médico com as meninas. Aos 7 anos já era um mágico e podia fazer seu pinto crescer bastava que as meninas dessem beijos na ponta do dito. Ao ver que era verdade as meninas ficavam maravilhadas e faziam filas para beijar o pinto de Agostinho. Apostou ainda que faria as meninas ficarem arrepiadas se ele desse um beijo na "xereca." As meninas não acreditaram, mas Agostinho provou que isso era a coisa mais fácil do mundo. As meninas não só se arrepiavam todinha, como também emitiam gritos de histerias.
Estudar não era uma das atividades favoritas de Agostinho. Não, que não fosse inteligente e não gostasse de aprender. A convivência com o pai ameaçava torná-lo um sacana e mau caráter, devasso e velhaco da pior espécie, que seria um desgosto para sua mãe Mônica, que era entusiasmada com a nova doutrina chamada cristianismo. Para tirá-la daquele convívio Mônica mudou-se com Agostinho para Cartago, uma cidade grande onde ele iria estudar.
Cartago é um pontinho insignificante no golfo de Tunis, capital da Tunísia. Mas no tempo de Agostinho, era uma das maiores metrópoles do Império Romano. Como metrópoles estava cheia de teatros, tabernas, bordéis, enfim, cheia dos prazeres da vida, infestada de vagabundos, bêbados e mulheres. Agostinho chegou a Cartago com 16 anos para levar uma vida, como ele mesmo conta, pintando os canecos. Invadia palcos, baixava as calças para as platéias. Nas tabernas subia nas mesas, fazia discursos a favor da carne e sobre a luxuria. Adorava beber vinhos nos sapatos das tunisianas. Quando elas se recusavam a tirar os sapatos, ele derramava vinhos pelas pernas delas e o lambia ali mesmo. Nos bordéis tinha a fama de insaciável. Era um pândego, alegre, engraçado e todos o adoravam. Ao nascer do sol, saía pelas ruas com duas ou três mulheres nas costas, ou era carregado pelos amigos berrando cantigas que acordavam a cidade.
Mas Agostinho, enquanto beijava as mulheres doi-divanas não esquecia os ensinamentos de sua mãe Mônica, que pregava a castidade absoluta. Para ela o sexo era imoral, mesmo no casamento. Isso levava, de vez em quanto, Agostinho a repensar sua vida. Mas usava sua inteligência para continuar vivendo do jeito que queria. Ficou célebre sua frase dita enquanto se divertia com as mulheres: "Deus, da-me a castidade – mas não agora!" E se atirava de novo entre os braços e pernas.
Apesar da vida desregrada, Agostinho conseguiu ser um brilhante estudante. Depois de Cartago Agostinho foi para Roma e Milão onde com o tempo notabilizou-se como professor de retórica. Aos 32 anos Agostinho mudara radicalmente do vinho para a água. De repente se tornará um homem pacato e religioso. Dizem que ouvia vozes vindas do Céu: "Toma jeito Agostinho!" O fato é que Agostinho converteu-se para o cristianismo e decidiu-se começar uma nova vida e se arrepender de todos os pecados do passado. Entrou para um convento, virou padre, chegou a bispo, filósofo e teólogo. Aos 45 anos escreveu suas confissões em que contou a vida louca que levará. Morreu em 28 de agosto de 430, aos 75 anos. Tornou-se Santo Agostinho, um santo do primeiro time, porque enquanto pode, pecou até dizer chega. Foi ele quem, em seus sermões e livros, estabeleceu que o ato sexual só é justo se for para procriar, e que fazer sexo para outros fins é imoral e grave pecado a ser pago no inferno.
Sem querer, Santo Agostinho colocou o pecado no sexo e deu ao sexo esse maravilhoso, delicioso e atrativo prazer, favorito esporte da humanidade.